Descoberta fibra ótica biológica
Cientistas dos Laboratórios Bell, pertencentes à empresa Lucent, descobriram uma fibra ótica natural, biológica, presente no corpo de uma esponja que vive em grandes profundezas nos oceanos. A fibra ótica natural é bastante semelhante às utilizadas nos mais modernos sistemas de comunicação atuais, mas os cientistas acreditam que ela possa ter vantagens tecnológicas em relação às fibras óticas artificiais. A pesquisa foi publicada na revista Nature.
A descoberta, feita por uma equipe liderada pela Dra. Joanna Aizenberg, é a última novidade na biomimética, um campo de estudo recente que retira princípios de engenharia da natureza, aplicando-os em novas tecnologias e produtos artificiais.
A esponja capaz de fabricar suas próprias fibras óticas é a Euplectella, comumente conhecida como Vaso de Flores de Vênus. A Euplectella tem uma estrutura cilíndrica formada por um esqueleto de sílica vítrea parecido com uma peneira. Na base do esqueleto há um tufo de fibras que se estende para fora do corpo do animal como uma coroa invertida. As fibras óticas biológicas têm entre cinco e 15 centímetros de comprimento, com o diâmetro comparável ao de um fio de cabelo humano.
Cada uma das fibras óticas da Euplectella é composta de diversas camadas, cada uma com diferentes propriedades óticas. São cilindros concêntricos de sílica com alto conteúdo orgânico recobrindo um núcleo interno de vidro de altíssima pureza, uma estrutura muito parecida com aquela das fibras óticas comerciais.

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